Curso de extensão

 

Física interessante: fenômenos que a Física ajuda você a entender e explicar

 

 

Conteúdo de curso de extensão oferecido em 2009 no Instituto de Física da USP

 

  

PROGRAMA

  

1 - Pneus, sapatos, mil‑folhas, epóxi etc

 

Dimensões atômicas e moleculares.

Explorar as dimensões atômicas usando desgaste de sapatos e pneus (quantas camadas atômicas um sapato e um pneu perdem cada vez que tocam o solo). Quantas vezes é possível dobrar uma massa de mil-folhas sem “grudar tudo” – a espessura deve ser muitas vezes maior que uma camada atômica. Quantas vezes precisamos dobrar a massa epóxi para que as duas partes estejam separadas por algumas poucas camadas atômicas.

 

2 - Física na estrada

 

Cinemática.

Explorar a cinemática em uma estrada. Velocidade em km/h é igual à divisão de 360 pelo tempo, em segundos, para se andar um quilômetro. Pode-se, facilmente, calcular a velocidade de um carro que nos ultrapassa estimando os tempos para percorre iguais distâncias.

 

3 - Experiências chocantes

 

Choques elásticos.

Como partículas elementares podem ganhar energia no Universo: a hipótese de interação elástica com corpos de massas bem maiores. Ganho de energia por unidade de massa a cada choque. Ilustração com o “chocador de bolinhas”. Coeficiente de restituição: raquetes e bolas; choques entre veículos; choques veículo-pessoa; quedas.

 

4 - Força de uma martelada

 

Força e aceleração e aceleração e força

Estimar a desaceleração de um martelo batendo em um prego (usar a freqüência do som emitido para estimar o tempo de duração do contacto martelo-prego). Insetos que “batem” no pára-brisa de um carro morrem ao bater ou antes de bater? Máxima aceleração tolerada por um ser humano.

 

5 - Como anda você?

 

Pêndulos simples, oscilações e o mecanismo do andar. Mudança de referencial na análise do movimento das pernas ao andar: as pernas simplesmente pendulam em um referencial que se desloca com a mesma velocidade da pessoa. Velocidade natural do andar: humanos na Terra, outros animais e outros planetas.

 

6 – Marcha atlética

 

Física em atletismo; cinemática.

Problema com o sobe e desce do centro de massa durante o andar e o correr.

 

7 – Cinemática e dinâmica dos 100 m rasos

 

Cinemática e dinâmica.

Explorar cinemática e dinâmica dos 100 m rasos: deslocamento, velocidade e aceleração. Análise do resultado da última olimpíada (o recorde de Usain Bolt).

 

8 - Você e uma estrela

 

Energia no corpo humana.

Energia nos alimentos. Potências específicas: humana e solar. Produção de calor interno na Terra e no corpo humano. Porque o interior da Terra é mais quente do que a superfície.

 

9 - Física atlética: potência e desempenho atlético

 

Dinâmica em atletismo.

Potência de um ser humano. Potência que uma pessoa consegue produzir em função do tempo de atividade. Explorar a potência média dos atletas nos 100 m rasos e demais percursos em função das durações das provas. Estimar recordes possíveis. Otimizar o gasto de energia nos 100 m rasos: limite para o recorde dos recordes.

 

10 - Sobressaltos: Física olímpica

 

Dinâmica em atletismo.

Salto com vara. Explorar a Física dos saltos em distância e altura (sem vara). Conservação do momento angula.

 

11 - Refrigerando o corpo humano

 

Mecanismos de refrigeração.

Perda de energia térmica pelo corpo humano; radiação e condução. Conforto térmico. Sensação térmica em função do vento, temperatura e umidade do ar. Refrigeração por suor.

 

12 - Volta ao Mundo em 85 minutos: túneis na Terra

 

Dinâmica e cinemática em movimentos oscilatórios.

Equação da dinâmica de um oscilador harmônico; túneis na Terra. Cinemática da oscilação em um túnel na Terra e no movimento orbital de satélites de baixa altitude.

 

13 - Fazendo ondas

 

Física ondulatória.

Ondas em superfícies líquidas. Tsunamis. Macaréu (pororoca) e sólitons. Efeitos de refração em golfos e baias. Modo fundamental de oscilação em recipientes: ressonâncias em mares e golfos (marés na baia de Fundy).

 

14 - Se ar quente sobe, por que é frio nas montanhas e quente no litoral?

 

Termodinâmica; processos adiabáticos.

Expansão adiabática e resfriamento. Compressão adiabática e aquecimento (combustão em motores). Formação de temporais em São Paulo. O efeito estufa.

 

15 – Difusão

 

Transportes.

De novo: quantas vezes precisamos dobrar a massa epóxi para que as duas partes estejam separadas por algumas poucas camadas atômicas. Difusão, Leis de Fick. Como salgar um presunto espanhol

 

16 – Radiação térmica da Terra

 

Temperatura média da Terra; variação da temperatura com a latitude. Temperaturas no inverno e verão.

 

17 – Pressão e temperatura de fervura

 

Como os incas comiam as batatas?

Variação da temperatura da fervura da água com a pressão atmosférica. Os incas cozinhavam batatas? Variação do módulo de Young da batata com o tempo de cozimento e a temperatura da água

 

18 - Por que coisas molhadas ficam escuras?

 

Índices de refração.

E porque tecidos brancos ficam transparentes ao molhar. Índice de refração das coisas (incluindo pele e cabelo humanos?). Quão transparente é um vidro transparente?

Polarização da luz, polarização por reflexão. Mostradores de cristal líquido. Cores: sensação óptica e espectro da luz

 

19 - Física de um furinho

 

Óptica simples; câmara escura.

Explorar a imagem formada pela luz que atravessa um pequeno orifício. Imagens do Sol formadas no chão. A pupila e a visão. Óculos “mágico”. Difração de luz na pupila. Limites das fotografias feitas por satélites.

 

20 - Óptica de olho humano

 

Óptica geométrica e física.

Explorar a óptica do olho humano. Papel da dilatação e contração da pupila. Demonstração: olho de vidro.

 

 

21 - Miragens

 

Fenômenos ópticos.

Explorar miragens simples (estrada, deserto) e mais complexas (miragens superiores). Tamanho aparente da Lua.

 

22 - Física agrícola

 

Balanço energético.

Aproveitamento da energia solar na produção de carboidratos por vegetais. Insolação, espectro absorvível, reflexão, eficiência. Limites da fotossíntese; insolação; reflexão. Produção de energia por há em hidroelétricas e por álcool de cana.

 

 

23 - Potencial hidroelétrico de um país

 Estimar o potencial hidroelétrico com base em mgh: m é a massa de chuva que cai e não evapora e a h é a altitude média de um país ou uma região.